quarta-feira, 5 de março de 2008

Células Tronco

Essa visão retrógrada da Igreja é ridícula. Às vezes essa oposição à ciência me parece mais uma tentativa de mostrar que a Igreja ainda manda em alguma coisa do que conflito de crenças.

O argumento deles é de que mexer com esse tipo de coisa é querer brincar de Deus. Mas eu não tô vendo Deus curar doenças degenerativas, não é?

Não tenho nada contra religião. Sei que funciona muito bem pra algumas pessoas. Mas essas tentativas de interferência, de querer demonstrar que ainda tem alguma voz ativa me irrita. Eles são contra a pesquisa? Problema deles, não podem parar o progresso humano. Claro que é do interesse deles que a gente volte à era medieval, onde eram eles que mandavam.

Já os puristas (cristãos, aposto) afirmam que a pesquisa incita o aborto. Se eles se informassem um pouco, saberiam que os embriões usados nas pesquisas não possuem células nervosas e nem estão em um útero; logo, não são considerados vivos.

Admito que essa é uma discussão que vai muito além, que toca no conceito de vida e ser vivo. Mas não há como negar que essa pesquisa é uma evolução necessária. Como qualquer outra coisa, pode ser usada de forma errada (muita gente argumenta que o desenvolvimento desse tipo de pesquisa pode fazer com que empresas passem a exigir mapa genético dos candidatos em futuras contratações), mas os benefícios são surpreendentes.

Além do mais, a história do Brasil tá recheada de casos de atrasos tecnológios e falta de progresso. Já não vamos sair na frente com essa pesquisa, mas não tem razão para ficar pra trás também. Uma hora esse pensamento atrasado e medieval tem que desaparecer, senão o país não chega em lugar nenhum.

E a Igreja tem que começar a se colocar no seu lugar e perceber que os tempos mudaram, que eles não têm tanta voz ativa como antes.

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