quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Das Práticas...

...eu sempre tento buscar meus defeitos ou coisas que não gosto em mim pra tentar consertá-las. Umas são mais difíceis, outras nem tanto.

Ultimamente eu venho "praticando" alguns pontos de vista e formas de pensar diferentes. Vejo isso como prática porque são coisas que eu quero me acostumar, pra que comecem a vir sem tanto esforço a mim, são coisas com as quais não estou acostumado.

- PRÁTICA DO DESAPEGO AO PASSADO: foi um dia que eu percebi que eu não conseguia largar do meu passado, e o quanto isso me atrapalhava. Então eu resolvi deixar a maioria das coisas pra trás mesmo, onde elas pertencem. Eu acho que é importante olhar pro passado, pra sempre lembrar do que já aconteceu e não cometer os mesmos erros, mas sem se prender a ele.

- PRÁTICA DO NÃO CHEGAR ATRASADO: eu sempre chego atrasado quando marco alguma coisa com alguém, acho isso chato pra kct. Não gosto de esperar então não vou fazer ficarem me esperando também -.- (Prática do Não Faça Com os Outros o Que Não Quer Que Façam Com Você que eu tenho desde sempre :3)

- PRÁTICA DO NÃO-STRESS: esse eu comecei duas semanas antes de tirar minhas férias. Eu me irrito demais com coisas muito pequenas e bobas, então eu decidi que não ia me estressar nesse período antes das férias. Depois que voltei, achei melhor continuar com essa prática.

- PRÁTICA DA SIMPLIFICAÇÃO DE VIDA: pois é, né.. Eu adoro complicar as coisas, mais do que ninguém. E isso é muito cansativo, então resolvi tentar simplificar tudo que puder. Ao contrário do que as pessoas que pensam simples dizem, não é TUDO que é assim, simples. Pensar dessa forma traz uma certa irresponsabilidade, do meu ponto de vista, mas também não tem necessidade de complicar tudo.

- PRÁTICA DA NÃO CRIAÇÃO DE EXPECTATIVAS: essa é a mais recente, depois de me dar conta de que eu fico criando expectativas que não existem e só quebro a minha cara. O problema é que não criar expectativas me deixa ansioso pra que as coisas aconteçam logo pra eu saber o que vai acontecer, que nos leva ao próximo item.

- PRÁTICA DA NÃO ANSIEDADE:auto-explicativa. O jeito é ter paciência e esperar as coisas acontecerem naturalmente (letra de pagodão \õ/). Até lá, não esquentar com isso (vide simplificar as coisas, etc).

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Para fechar um livro...

...quando eu era mais novo, entrando na minha adolescência, quando você começa a ter uma sensibilidade maior do mundo e que foi quando eu comecei a pensar tanto nas coisas, as pessoas reclamavam comigo que eu não me abria com ninguém,que eu guardava tudo pra mim.

Atendendo a pedidos eu aprendi a me abrir, a compartilhar o que se passa dentro da minha cabeça. E naquela época isso me fez muito bem. Com o tempo, isso acabou virando uma necessidade, ao ponto de que eu não consigo deixar de dizer as coisas que sinto. Sempre que preciso, procuro alguém pra desabafar. E isso me incomoda, porque eu tenho a impressão de que aborreço as pessoas, ou que só as procuro pra ficar choramingando, então eu tento me restringir, mas aí eu fico mal mesmo assim porque não tenho com quem falar.

Faz um bom tempo que eu tenho sentido falta da época que eu guardava as coisas (ou a maioria delas, pelo menos) só pra mim. Acho que eu incomodaria menos as pessoas e sem dúvida alguma eu não teria passado por metade das coisas que passei por não conseguir ficar de boca fechada. Perdi a conta de quantas vezes a necessidade falou mais alto do que o bom senso e eu tive que lidar com consequências indesejáveis, tudo isso pra pensar "devia ter ficado de boca fechada" dois minutos depois.

Nessas horas é melhor eu lembrar do porquê de eu ter criado esse blog: pra que eu possa falar o que eu quiser sem ter que me preocupar com outras pessoas.

Algumas vezes eu consigo selecionar as coisas que eu posso guardar e o que eu preciso botar pra fora, mas não tenho muita prática com isso, então acabo fazendo o que estou mais acostumado. Às vezes eu me sinto exposto demais por ser assim, e não gosto disso. Vide o que aconteceu sexta feira à noite. Talvez me fechar umpouco mais seja uma questão de necessidade, de auto-preservação.

Então tá na hora de começar o "praticando o fechamento de um livro e aprendendo a ficar de boca fechada"

(Qualquer dia vou escrever sobre as minhas práticas)

domingo, 21 de setembro de 2008

Expectativas...

...sim, elas são o meu veneno.

Tô começando a achar que é impossível criar zero de expectativa em cima das coisas. E é tão difícil ser pé no chão e não ficar esperando certas coisas acontecerem. E mesmo quando eu consigo, isso só me gera ansiedade. Já que eu não posso ficar esperando por um determinado resultado, então que as coisas aconteçam logo pra eu saber o que vem pela frente, não é?

Eu tenho sido o meu pior inimigo nos últimos tempos. Esperando coisas que eu já sei que não devo esperar. Essas férias tiveram o seu ponto negativo. Ficar em casa me faz pensar demais em tanta coisa que não devo.

E eu fico lá, sonhando e olhando pro teto, tendo delírios tão convincentes que quando eu saio deles fico esperando a hora deles se tornarem realidade. Justo quando eu tava indo tão bem em manter os pés no chão.

A parte desesperadora é sentir que não tenho motivação nem força de vontade nenhuma de fazer algo pra reverter essa situação. Sinto que não tenho de onde tirar forças. Apenas querer resolver tudo isso parece não ser o suficiente. Eu percbo que sei o que tenho que fazer e parece tudo tão cansativo, que me falta vontade de me mover. Espero que voltar à rotina de trabalho mude isso, porque se me lembro bem, distrair a cabeça com os afazeres diários sempre me ajudou a me firmar.

E aquela velha história de ver certas coisas e ficar mal por causa delas. E quando eu olho pra trás, quando paro pra pensar nisso, onde está o motivo? Não sei, mas sei que estou me sentindo mal. Acho que podemos controlar nossa razão, mas não nossos sentimentos, não é?

Criar expectativas, pelo menos as que eu crio, esse mundo paralelo e idealizado que existe dentro da minha cabeça, é pedir pra se frustrar.

Mas o mais frustrante é que essas coisas que eu queria tanto podem nunca acontecer.

E todos esses sentimentos negativos, essas expectativas vazias estragam memórias que eu queria guardar com carinho. Isso me deixa muito triste. Tantas coisas boas que aconteceram ultimamente agora vão ficar manchadas por sentimentos que não deveriam estar dentro de mim.

São tantas coisas que eu queria dizer pra tantas pessoas. Algo que prometi pra mim mesmo que eu sempre faria. Mas foi uma promessa ingênua de épocas mais simples. A realidade é um pouco diferente, e eu não posso arcar com as consequências de dizer tudo que eu quero. Na verdade, o mais correto seria dizer que eu não quero.

Então que eu recupere minhas forças e minha motivação pra manter tudo isso sob controle, como vinha sendo de uns tempos pra cá.