segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Acordei com os primeiros raios do dia. Me levantei ainda entorpecido pelo sono, e olhei pra ela deitada ao meu lado. Eu já sentia frio, não tinha mais o calor do seu corpo me esquentando. Ela estava nua, com apenas uma parte de seu corpo coberta. Seus cabelos longos e negros estavam espalhados pela cama. Fiquei a observando por alguns segundos, pensando que aquela cena era digna de uma pintura, um daqueles quadros clássicos de algum pintor europeu. Tinha algo sensual no jeito que seus lábios vermelhos e carnudos estavam entreabertos. Seu rosto estava sereno, mas cansado, e seu sono era pesado. Provavelmente por conta da noite anterior. Sua franja estava caída sobre seu olho, do jeito que eu sempre gostei. Acho que essa franja foi um dos motivos por eu ter me apaixonado, tinha um charme único. Era como eu sempre me lembrava dela, com a franja caída sobre seu olho.

Um sorriso me escapou quando comecei a lembrar de nossa última noite. Provavelmente eu nunca vá esquecer. Provavelmente foi naquele momento em que eu percebi que eu queria ter essa visão todos os dias. Que seria errado eu não ter o seu calor e o toque de sua pele ao meu lado sempre que eu quisesse, o seu cheiro impregnado nas minhas roupas e os seus cabelos espalhados pelo meu corpo. Ela já tinha me deixado viciado, e eu nem percebi.

O frio voltava a me agredir. Sentia algo quase magnético vindo dela, como um convite silencioso pra eu me juntar a ela e me esquentar, pra eu saborear o encaixe perfeito de nossos corpos. Era um convite irrecusável, e eu não queria recusar."

2 comentários:

Carolina S. C. Barros disse...

Impressionante, vc descreve exatamente o que eu tbm sinto.
E eu nunca tinha lido nada assim... Adoro isso que só nós temos de nos entender sem precisar falar. Amo vc =].

Adri disse...

sumido!
tava com saudade de te ler...