segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Desabafo...

Eu vou fazer um desabafo. E nesse desabafo eu vou me permitir dizer e pensar e sentir coisas, sem me preocupar com a imagem que vão fazer de mim.

Eu me sinto frustrado. Muito frustrado. Porque eu sou uma pessoa especial. Uma pessoa que vive pra fazer outra feliz. E ter um mínimo de reconhecimento por isso não faria nada mal.

Procuro não fazer essas coisas esperando o mesmo em troca, porque eu faço muito, e nem todos estão dispostos a ir tão longe quanto eu. Mas dizer que não espero nada também seria hipocrisia. Não me dedico com o intuito de ganhar reconhecimento. Faço porque fazer alguém feliz me faz bem, me dá prazer. É o meu conceito de felicidade ver alguém feliz por minha causa. Então, essa é a minha busca por felicidade. Mas também acredito no princípio da justa troca, e quem há de julgar o preço justo pelo que ofereço sou eu. Então, tudo que quero no final é isso: ser reconhecido. Quero que no final das contas a pessoa me diga, "você é especial. Você me deu mais do que eu queria, mais do que eu esperava. Você me fez a pessoa mais feliz do mundo, me deu o céu e as estrelas. Obrigado."

Apenas isso. Gratidão, reconhecimento, valor. É pedir muito?

Massagem de ego? Pode ser. Mas será que não é um preço pequeno pelo que dou em troca?

"Ah, mas é só você escolher melhor a quem você se dedica", é fácil de se chegar a essa conclusão. Infelizmente não é tão simples (nunca é). Como eu expliquei anteriormente, essa é a minha busca pela felicidade. Se eu não tenho a quem me dedicar, a quem fazer feliz, eu não sou feliz. Não completamente. E se eu não fizer isso por uma pessoa, eu vou estar deixando de ser eu mesmo.

Além disso, inúmeras vezes em minha vida eu pude encontrar pessoas com quem eu desejei ter um relacionamento, pessoas que ouso dizer, eram perfeitas pra mim, mas elas sempre estavam impossibilitadas de estarem comigo. Talvez seja esse fator que as tornem imperfeitas, corroborando a máxima de que nada é perfeito. Deliciosa ironia.

Só de imaginar tantas experiências que nunca vou ter, não conhecer essas pessoas que me fascinam tanto da forma que eu queria, coisas que vou deixar de dizer, de sentir, de fazer, tudo isso deixa um gosto muito amargo na minha boca.

Então só me resta lamentar. Tirar isso do meu peito para que eu possa seguir em frente. Para que eu possa esperar o mundo dar suas voltas, e torcer para as peças se encaixarem um dia.

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